Segundo as notícias, a senhora Angela Merkel, chanceler da Alemanha, esteve algumas horas em Lisboa e reuniu-se com o Passos e Cavaco, visitou a Autoeuropa e abriu uma conferência de empresários no Centro Cultural de Belém. Sabe-se também que houve protestos e manifestações na capital do país, no Largo do Calvário e em Belém. Nada de especial e a polícia estava presente em força, não sei quantas centenas, bem equipados e com os cassetetes bem oleados para zurzir na "Monalisa" dessa malta arruaceira que só faz greves e manifestações por tudo e por nada. Deviam seguir, se querem realmente trabalhar, os conselhos do cacique, Pedro Passos Coelho, que os mandou, tempos atrás, emigrar. Foi uma boa ideia pois Portugal iria, com estas medidas, exportar não só carpinteiros, canalizadores e jornaleiros mas também uma autêntica legião de mão de obra académica e erudita que trabalharia, se saíssem de Portugal de vez, por salários bem reduzidos (coisa que já estão habituados na sua pátria, os que têm tido, obviamente, a dita sorte de o fazer por terra Lusa), que eu comparo quase aos chamados países do Terceiro Mundo.
Mas vá lá que não houve zaragata defronte daquela senhora o que nos deixaria com uma má reputação de hooligans (arruaceiros) e de ingratos pois ela, a Angela, tem sido tão porreira, tão boazinha, no que concerne na ajuda que nos tem proporcionado. Está à mostra. É só ir para os miradouros de Lisboa, de St. Luzia, de St. Catarina, e St. Gens e, em escassos minutos vê-se a obra laboral das politicas de ajuda dessa senhora, com legiões de desempregados, de indigentes, de "pendurados" nos magros apoios da assistência social, a deambular sem destino pelas avenidas, jardins, calçadas, ruas e becos talvez na vã esperança de descobrirem um emprego para sustentarem a família e pagar a hipoteca ao Banco. É que ela, a Angela, depois ficava muito ruim (zangada) e cortava a "mesada" a Portugal e aí é que a malta se lixava pois tinha que ir comer, não para os restaurantes de luxo, mas para a cozinha das famosas "Sopas do Sidónio" ou da Misericórdia.
Esta malta ingrata ainda não visualizou que a Angela é dirigente da nação mais rica e poderosa da Europa, e que temos que andar de gatas à espera dumas migalhas que caiam da sua mesa abastada? Pois é, mas se Portugal fizesse o mesmo que a Alemanha fez no após guerra, e que os entendidos vêm acusando aquela nação germânica de nunca pagar as penalizações, custas e as contas da destruição de várias nações europeias e não só, pelos seus exércitos, como a Grécia, França, Bélgica, Itália, ex-Jugoslávia, Polónia, Inglaterra, Rússia, Bielorrússia, Finlândia, Ucrânia, Letónia, Estónia, Lituânia, Noruega, Holanda, Egipto, Tunísia, Itália e outras, ocorridas nas duas grandes guerras do século passado (1914-1918 e 1939-1945). Segundo os sabidos destas coisas de História, que nos anos cinquentas do século passado, na era do chanceler Konrad-Adenauer, que governou a Alemanha de 1949 a 1963, esta poderosa nação esteve falida, e que os países da "sua" (dela, da senhora Ângela) Europa, credores da Alemanha, perdoaram na totalidade aquela divida colossal de biliões de dólares de compensação pelos danos de guerra incluindo os milhões de cidadãos europeus que pereceram por inanição ou pelos bombardeamentos, gaseados e fuzilados. Todas estas destruições e crimes foram perpetrados pelas tropas alemãs do louco Adolfo Hitler.
Só gostaria de perguntar aos senhores Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho se tiveram a amabilidade de levar a senhora Angela Merkel a provar os apetitosos pasteis de Belém. Podia ser que ela gostasse (certezinha absoluta que sim) e em sinal de agradecimento abrisse os cordões à bolsa e nos emprestasse mais uns Marcos, desculpem, uns Euros, para nos ajudar a sair desta malvada crise.
Que acha o nosso leitor? Concorda?
Voltar para Crónicas e Artigos |